A ANVISA negou na noite desta segunda-feira, 26, a importação da vacina russa Sputinik V, que já foi liberada em 60 países, mas a agência brasileira não conseguiu enxergar o drama que o Brasil vive e decidiu que o imunizante não serve.
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A decisão da Anvisa, coloca Marcos Rocha, governador de Rondônia, no mesmo patamar de Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho, aquela triste condição do sujeito que promete o que não pode entregar.
Hildon quase caiu em um golpe onde perderia R$ 20 milhões para trambiqueiros amadores de Recife, e Rocha caiu no golpe de Jair Bolsonaro, que vem sabotando o quanto pode a vacinação em território nacional.
Certo estavam o Tribunal de Contas e Ministério Público, ao recomendar que os gestores tivessem cautela com o anúncio de vacinas, para evitar frustração na população.
Rocha anunciou ter comprado 1 milhão de doses pelo consórcio de governadores do Norte e Nordeste. Já havia uma probabilidade dessas doses serem repassadas à União que ficaria encarregada de distribuir de acordo com o Plano Nacional de Imunização (PNI), o que também atrasaria o cronograma programado pelo governo de Rondônia.
Com a decisão da Anvisa, a situação fica ainda mais complicada. Rocha, como todo político oportunista, aproveitou o anúncio da compra de vacinas e liberou geral em seu último decreto, permitindo inclusive a abertura de bares. Nos próximos dias, espera-se um aumento de infectados e possivelmente outro gargalo na rede hospitalar.
Rondônia não merecia isso.
Pode fazer arminha coronel.
Cabe agora a comprometida, e quase inútil bancada federal tentar fazer alguma pressão sobre o governo. O problema é que, com apenas duas exceções, Léo Moraes e Confúcio Moura, o restante ou fica no muro ou é bolsonarista de carteirinha.