Pelo menos 16 alunos já foram expostos
Um perfil no Twitter, identificado como @unirnegritude está expondo acadêmicos da Universidade Federal de Rondônia de vários cursos que foram aprovados pelo sistema de cotas. Detalhe, todos são brancos e alguns até com sobrenomes orientais.
O perfil segue uma tendência que está sendo adotada em todos os estados, de expor alunos que foram aprovados pelo sistema de cotas, destinado a indígenas, negros e quilombolas, no rastro dos protestos antiracistas que estão ocorrendo em todo o mundo.
O perfil tem pouco mais de 400 seguidores.
Um dos casos, que chama a atenção, é do acadêmico de Medicina, Mateus Akira Suzuki, que se autodeclarou pardo e chegou a ter o pedido indeferido em Mato Grosso, mas conseguiu ingressar na Unir, em Rondônia.
Lucas Gabriel, também teve o pedido indeferido na UFMT, ao se autodeclarar pardo.
Outra acadêmica de Medicina, Ana Caroline Mendes, também se declarou parda.
De acordo com o MEC, as vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) são subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio.
Em ambos os casos, também será levado em conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).